Sistema Cardiovascular Tratamento dos Aneurisma da Aorta

Conheça o Tratamento dos Aneurisma da Aorta.

O aneurisma é uma dilatação localizada da parede de um vaso sanguíneo. Os aneurismas podem se formar em qualquer artéria do corpo, como as ilíacas, femorais, poplíteas, viscerais, incluindo artérias do cérebro.

Porém, é mais comum se desenvolverem na aorta, a maior artéria do corpo. Os aneurismas podem se desenvolver em qualquer parte da aorta-torácica e/ou abdominal. O local mais comum de dilatação da aorta é na sua porção abdominal, logo abaixo das artérias renais.

Existem duas formas principais para o Tratamento dos Aneurisma da Aorta: a Cirurgia Convencional e a Cirurgia Endovascular

aorta torácica e aorta abdomninal

Na técnica convencional há a necessidade de abertura do tórax ou abdome, interrupção temporária do fluxo de sangue neste segmento da aorta para que a porção dilatada possa ser substituída por uma prótese de tecido que é suturada (costurada) no local.

Há necessidade de anestesia geral e como o procedimento é de grande porte o intestino fica paralisado por alguns dias, a recuperação é mais lenta e o tempo de internação maior.

Cirurgia convencional de Aneurisma da aorta abdominal – Incisão feita no abdome e segmento do aneurisma substituído por uma prótese suturada na aorta
Figura 2. Cirurgia convencional de Aneurisma da aorta abdominal – Incisão feita no abdome e segmento do aneurisma substituído por uma prótese suturada na aorta

Já no processo endovascular (também chamada de implante de endoprótese) ao invés de incisões grandes no tórax ou abdome são feitas pequenas incisões de 3 a 4 cm na região da virilha para se ter acesso às artérias femorais. Através destas pequenas incisões uma endoprótese é inserida por um catéter pela artéria femoral até o local do aneurisma, onde é liberada.

Uma vez liberada a endoprótese redireciona o fluxo sanguíneo, excluindo o aneurisma da circulação. Estas endopróteses se fixam no interior da aorta através de sua força radial ou de pequenos ganchos. A endoprótese reforça a parte enfraquecida da aorta para prevenir a ruptura do aneurisma.

Estas próteses são feitas de uma liga metálica chamada nitinol ou aço, que tem alta resistência e maleabilidade e recobertas por tecido (Dacron ou PTFE). O procedimento pode ser feito com anestesia regional (bloqueio peridural ou raquidiana) ou mesmo anestesia local. Como o procedimento é bem menos invasivo o risco é menor e a recuperação mais rápida. Entretanto não é isento de riscos.

O paciente deve permanecer em acompanhamento pós procedimento realizando tomografias periódicas, principalmente para se ter certeza do correto posicionamento da endoprótese e para verificar a ocorrência de “endoleaks” (vazamento de sangue entre a endoprótese e o aneurisma). Ainda aguardamos para avaliar os resultados a longo prazo.

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