Pontes de Safena e Mamária Pontes de safena e mamária
Pontes de safena e mamária: as artérias coronárias (vasos que levam sangue rico em oxigênio ao coração) podem ficar doentes, com estreitamentos e até a obstrução completa por placas de ateroma no seu interior.
Estas placas são formadas por depósito de gorduras, colesterol, coágulos e outras substâncias. Estas obstruções levam à redução do fluxo de sangue ao coração podendo causar angina ou infarto.
Cirurgias de Revascularização do Miocárdio
As pontes de safena e mamária, também chamadas de cirurgias de revascularização do miocárdio, são um tipo de cirurgia cardíaca na qual se faz uma ponte por cima do local com estreitamento ou obstruído. Com isto há uma melhora no fluxo sanguíneo e oxigênio ao coração. Se utiliza a artéria mamária (localizada no tórax) e/ou um segmento da veia safena (localizada na perna) para a realização destas pontes.
O cirurgião retira um segmento de um vaso sanguíneo saudável de outra parte do corpo para fazer uma ponte e ultrapassar esta parte doente da coronária. A artéria mamária pode ser retirada de dentro do tórax, pela mesma incisão e suturada com a coronária, adiante do local da obstrução. Um pedaço da veia safena também pode ser utilizado, dependendo do número de pontes necessárias. Uma extremidade é suturada na coronária e a outra na aorta. Com as pontes implantadas o sangue utiliza este novo caminho para irrigar o músculo cardíaco.
A PONTE DE SAFENA E MAMÁRIA, TAMBÉM CHAMADA DE CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO, É UM TIPO DE CIRURGIA CARDÍACA NO QUAL SE FAZ UMA PONTE SOBRE UMA ARTÉRIA COM ESTREITAMENTO OU OBSTRUÍDA POR PLACAS DE GORDURA, MELHORANDO O FLUXO SANGUÍNEO E DE OXIGÊNIO AO CORAÇÃO.
Pontes de Safena e Mamária pós-operatório
Após a cirurgia o paciente permanece cerca de 2 dias em uma CTI cardíaca com frequência cardíaca e pressão arterial monitorizadas de forma contínua. Logo que o paciente acorda o tubo da anestesia para respiração é retirado. São administrados medicamentos na veia para o controle da dor e, se necessário para a pressão. Os familiares podem fazer visitas 3 vezes ao dia. Após, o paciente é transferido para o quarto, onde permanece por mais 3 ou 4 dias.
Notas de apoio
Angina ou infarto: Conseqüências do estreitamento das artérias coronárias, que prejudica o fluxo do sangue ao coração. Clique aqui para ir até a página da Cardiopatia Isquêmica e saber mais sobre este assunto.
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Pontes de Safena e Mamária duram quantos anos?
Não existe uma previsão matemática. Depende de vários fatores como a gravidade da doença, característica dos enxertos assim como o tratamento dos fatores de risco associados à aterosclerose.
A aterosclerose é uma doença generalizada e sempre deve ser tratada agressivamente após uma cirurgia de pontes de safena e mamária. De uma maneira geral a artéria mamária interna esquerda quando implantada na artéria descendente anterior (a mais importante do coração) tem uma durabilidade de mais de 90% em 15 a 20 anos. É esta que confere uma melhora significativa na sobrevida para os pacientes com cardiopatia isquêmica.
Já as veias safenas apresentam uma durabilidade menor, em torno de 50% em 10 anos. Porém isto não significa que o paciente terá problemas graves. Não raramente observamos pacientes com todas as veias safenas ocluídas depois de 15 ou 20 anos, só com a mamária funcionando, sem sintomas e levando uma vida normal.
Quantas Pontes de Safena e Mamária podem ser feitas?
Não tem um número máximo. Mas o coração em geral tem 3, ou no máximo 4, artérias coronárias, que são os vasos que irrigam o músculo cardíaco. Portanto, em geral, no máximo 3 ou 4 pontes são necessárias para fazer uma revascularização completa.
Pontes de Safena e Mamária recuperação
A recuperação da cirurgia cardíaca em geral requer em torno de dois dias de internação em CTI cardiovascular especializada e cerca de 3 dias no andar. Para um paciente eletivo a hospitalização gira em torno de 5 a 6 dias no pós operatório.
Recomendamos, depois da alta, pelo menos uma semana sem exercer atividades que envolvam esforço físico. Cerca de 2 semanas após o paciente pode retomar suas atividades profissionais, desde que não envolva levantar muito peso.
Recomenda-se 4 semanas sem dirigir. Em 2 a 3 meses pode retomar todas as atividades, inclusive com exercícios físicos. A recuperação vai depender muito da idade, da condição física pré-operatória e das doenças associadas, devendo ser individualizada e com orientação personalizada para cada paciente.