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26 out
2013

Semana Estadual de Prevenção e Combate ao Aneurisma da Aorta, teve ampla cobertura da mídia e chamou a atenção da população do RS para a doença grave praticamente desconhecida.

Mídia: Semana Estadual de Prevenção e Combate ao Aneurisma da Aorta, teve ampla cobertura da mídia e chamou a atenção da população do RS!

A terceira edição da Semana foi aberta pelo Secretário Estadual de Saúde, Ciro Simoni e recebeu total atenção da mídia. Portanto, a solenidade com entrada franca no auditório do Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, contou com palestra do Dr Eduardo Keller Saadi, cirurgião cardiovascular, incentivador e coordenador da campanha. Então, o RS é o único estado do país que conta com campanha oficial de cuidados com a doença. Portanto, as ações encerraram, dia 26, no Hospital Mãe de Deus com mutirão de ecografias para rastreio de lesão na principal artéria do corpo humano. Foi detectada a anomalia em seis pessoas das 42 que procuraram o atendimento. Então, segundo Dr. Saadi são seis vidas que foram salvas por descobrir o problema a tempo de tratar.

– O Aneurisma da Aorta raramente apresenta sintomas.

Caracteriza-se por um enfraquecimento num determinado ponto da parede arterial, na altura do abdome ou do tórax. Podemos comparar com um balão de festa ou com uma bolha: infla silenciosamente e, quando rompe, provoca hemorragia interna grave, resultando em 90% de óbitos. Apenas 50% dos pacientes com aneurisma da aorta em ruptura conseguem chegar vivos ao hospital. Destes, mais de 50% morrem durante ou após cirurgia de urgência. No entanto, se descoberto a tempo, tem cura. E esta campanha tem justamente o objetivo de alertar para a importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado, pois podem reverter, de maneira significativa, a história natural da evolução da doença. – Resume Dr Saadi.

Cerca de 5% da população masculina e 0,4% da feminina, acima de 60 anos, apresentam aneurisma da aorta. Em 2010, o Ministério da Saúde registrou m 6.680 óbitos no Brasil: 1.063 no Sul, 4.016 no Sudeste, 456 no Centro-Oeste, 977 no Nordeste e 168 no Norte. Alguns dos principais fatores de risco para o surgimento do problema são hereditariedade, fumo, consumo abusivo de álcool e drogas. Mais de 50% das vítimas são hipertensos.

Aneurisma da aorta

A artéria aorta recebe todo o sangue ejetado do ventrículo esquerdo do coração e o distribui para todo o corpo, com exceção dos pulmões. A aorta ramifica-se em artérias menores, desde o coração até a parte inferior do abdome. Seu diâmetro médio é de 2 cm. Uma simples ecografia abdominal revela a situação da artéria. Se, em algum ponto, passar de 3 cm é considerado aneurisma. Pode ser tratado clinicamente, na maioria das vezes, quando mede até 4 – 4,5 cm. O aumento progressivo não causa dor nem sintoma algum. Quando atinge um diâmetro igual ou maior que 5 cm é preciso eliminá-lo.

Uma alternativa que vem ganhando espaço é a cirurgia endovascular, modalidade menos invasiva que a operação convencional. Então, consiste na introdução de uma prótese a partir da virilha, sem necessidade de anestesia geral. Através de pequena incisão, uma endoprótese é inserida por um cateter pela artéria femoral até o local da lesão, onde é liberada e o aneurisma excluído. A internação é mais curta, de dois a três dias, e a recuperação mais rápida. O índice de mortalidade cai para 1% a 2%. A taxa é de 7 a 10 % nas operações tradicionais. O método endovascular beneficia, principalmente, pessoas idosas e com doenças associadas.

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