Sistema Cardiovascular Doença da Carótida

As artérias carótidas são vasos que se iniciam na aorta (no tórax), percorrem o pescoço e entram no crânio. Elas levam sangue ao cérebro. Quando elas ficam comprometidas com placas de ateroma (gordura) no seu interior pode haver prejuízo para a circulação cerebral, causando acidente isquêmico transitório (AIT) ou acidente vascular cerebral (AVC).

Artéria Carótida e placa de ateroma

Nos estágios iniciais da doença em geral não aparecem sintomas. Quando há liberação de pequenos fragmentos de trombos destas placas ou estreitamento importante pode haver manifestação como:
– acidente isquêmico transitório (AIT).
– alterações transitórias (que variam de alguns minutos há algumas horas) como perda de controle do movimento de um braço ou perna, perda de visão temporária em um olho ou dificuldade para falar. Estes sintomas em geral desaparecem em até 24 horas. Acidente isquêmico transitório significa alto risco de AVC e o médico deve ser procurado imediatamente.
– acidente vascular cerebral (AVC) – lesão cerebral provocada por isquemia (falta de circulação) onde há morte de células cerebrais. Podem haver danos irreversíveis.

O diagnóstico pode ser suspeitado através da ausculta do pescoço com a identificação de sopro em carótida, o que significa fluxo turbulento, em geral causado por estreitamento da luz do vaso.

Métodos de imagem são necessários para confirmar o diagnóstico e estabelecer a gravidade. Ecodoppler, angio-ressonância magnética e angiotomografia “multi-slice” são os mais utilizados. Eventualmente uma arteriografia (cateterismo) pode ser necessária. Além do diagnóstico estes exames também servem para indicar a necessidade e o tipo de intervenção.

* Mais informações sobre os métodos de imagem descritos acima podem ser encontradas em Sistema Cardiovascular > Exames

Tratamento

O tratamento vai depender do grau de estenose (estreitamento) e dos sintomas. Em pacientes assintomáticos com estenoses não significativas o tratamento clínico com medicamentos (antiadesivos plaquetários) e controle dos fatores de risco é recomendado.

Intervenção-Procedimento

Pacientes com sintomas claramente relacionados à doença carotídea ou mesmo sem sintomas mas com estreitamentos graves, principalmente se nas duas carótidas, a cirurgia ou a angioplastia com “stent” deve ser considerada.

Na operação convencional o cirurgião retira a placa de gordura (endarterectomia) por uma incisão no pescoço.

Retirada cirurgica da placa de ateroma
Figura 2. Retirada cirúrgica da placa de ateroma

Na angioplastia com “stent” um catéter é colocado por dentro do sistema arterial, a placa de gordura dilatada e um “stent” (malha metálica) colocado dentro do vaso.

Stent no interior do vaso
Figura 3. Stent no interior do vaso
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