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8 out
2014

Combate ao Aneurisma: semana de prevenção

O Dr Eduardo Saadi coordenou Semana Estadual de Prevenção e Combate ao Aneurisma da Aorta.

Portanto, a Semana Estadual de Prevenção e Combate ao Aneurisma da Aorta, instalada no calendário oficial do RS desde 2010, visa chamar a atenção para uma doença silenciosa e grave, praticamente desconhecida da população. Sendo assim, estudos mostram que mais de 70% dos homens com fatores de risco para AA nunca ouviram falar da doença, no entanto, é a terceira principal causa de morte súbita em idosos no mundo. Então, o RS, único estado do país que conta com campanha oficial de cuidados com a doença, realizou, de 27 de outubro a 1º de novembro de 2014, mais uma edição da Semana. Portanto, entre as ações, estão a distribuição de cartilhas, palestras e exames gratuitos de rastreamento.

Cerca de 5% da população masculina e 0,4% da feminina, acima de 60 anos, apresentam a lesão na principal artéria do corpo humano.

Em 2010, o Ministério da Saúde registrou 6.680 óbitos no Brasil. O nosso estado é o que apresenta maior número: 1.063 no Sul, 4.016 no Sudeste, 456 no Centro-Oeste, 977 no Nordeste e 168 no Norte. Mas, os números podem ser ainda maiores já que muitos casos não são detectados e não são notificados.

– O Aneurisma da Aorta raramente apresenta sintomas. Sendo assim, é um enfraquecimento num determinado ponto da parede arterial, na altura do abdome ou do tórax. Podemos comparar com um balão de festa ou com uma bolha: infla silenciosamente e, quando rompe, provoca hemorragia interna grave, resultando em 90% de óbitos. Apenas metade dos pacientes com AA em ruptura conseguem chegar vivos ao hospital. Destes, mais de 50% morrem durante ou após cirurgia de urgência. No entanto, se descoberto a tempo, tem cura. A difusão, a prevenção e o diagnóstico precoces podem reverter, de maneira significativa, a história natural da evolução do aneurisma – Alerta o cirurgião cardiovascular Eduardo Keller Saadi, coordenador estadual da campanha.

Os principais fatores de risco para o surgimento do problema são hereditariedade, fumo, consumo abusivo de álcool e drogas. Mais de 50% das vítimas são hipertensos.

Durante a campanha de combate ao aneurisma, Dr. Saadi ministrou palestras gratuitas sobre a importância de identificar a anomalia a tempo de salvar o maior número possível de vidas. Também fEz parte das ações da Semana, mutirão de exames no Hospital Mãe de Deus para rastreamento da doença. Os casos que apresentaram alargamento na artéria foram orientados para tratamento. Durante todas as atividades, foi distribuída cartilha com informações sobre a doença.

Aneurisma da Aorta

A artéria aorta recebe todo o sangue ejetado do ventrículo esquerdo do coração e o distribui para todo o corpo, com exceção dos pulmões. A aorta ramifica-se em artérias menores, desde o coração até a parte inferior do abdome. Seu diâmetro médio é de 2 cm. Uma simples ecografia abdominal revela a situação da artéria. Se, em algum ponto, passar de 3 cm é considerado aneurisma. Pode ser tratado clinicamente, na maioria das vezes, quando mede até 4 – 4,5 cm. O aumento progressivo não causa dor nem sintoma algum. Quando atinge um diâmetro igual ou maior que 5 cm é preciso eliminá-lo.

Uma alternativa que vem ganhando espaço é a cirurgia endovascular, modalidade menos invasiva que a operação convencional. Consiste na introdução de uma prótese a partir da virilha, sem necessidade de anestesia geral. Através de pequena incisão, uma endoprótese é inserida por um cateter pela artéria femoral até o local da lesão, onde é liberada e o aneurisma excluído. A internação é mais curta, de dois a três dias, e a recuperação mais rápida. O índice de mortalidade cai para 1% a 2%. A taxa é de 7 a 10 % nas operações tradicionais. O método endovascular beneficia, principalmente, pessoas idosas e com doenças associadas.

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